Harmônicas de tensão e de corrente

Recomendação: leia o post Conceito de harmônicas antes.

As harmônicas podem ser basicamente subdivididas em dois grupos: de tensão e de corrente.

Como já explicado em outra página, harmônicas são componentes de altas frequências que se somam ao sinal original. Elas podem ser oriundas tanto da rede (vindo pelo fornecimento), quanto dos próprios equipamentos (cargas não-lineares).

Harmônicas de tensão são caracterizadas quando há componentes de altas frequências na tensão. O mesmo vale para as harmônicas de corrente.

A existência de uma não implica, necessariamente, da existência de outra. Por exemplo, um retificador. A onda da tensão de entrada é uma senoidal perfeita (rede). Se ligarmos uma carga na saída, como é um retificador, a onda ficará cortada quando a tensão estiver no semiciclo negativo. Deste modo, a onda da corrente só terá a parte positiva.

Como essa onda não é uma senóide perfeita, há componentes de altas frequências envolvidas. Neste caso, dizemos que há apenas harmônicas de corrente, visto que a onda da tensão de entrada continua senoidal pura.

Em contrapartida, quando a tensão vinda da rede já possui harmônicas (onda não senoidal pura), é muito difícil que isso não implique em harmônicas de corrente: se essa onda alimentar um resistor, pela Lei de Ohm [U = R x I], a onda da corrente terá a mesma forma da onda de tensão. Por efeito cascata, haverá também harmônicas de corrente envolvidas na questão.