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Diferença entre proteção termomagnética e residual

Na proteção de sistemas, há basicamente três tipos de ação: térmica, magnética e residual.

A térmica se refere à sobrecargas, ao efeito Joule. Um ensaio desta proteção é feito adicionando cada vez mais cargas no mesmo circuito. A corrente vai crescendo, até chegar no limiar de desarme do disjuntor. Quando ele atua sob estas condições, dizemos que a proteção que atuou foi a térmica.
Geralmente é utilizado um bimetálico (dois metais de diferentes coeficiente de dilatação térmica). À medida que a corrente sobe, o bimetálico se deforma para um determinado lado e desliga o circuito.

A magnética envolve curtocircuitos. Como um curtocircuito tem que ser interrompido o mais rápido possível, a atuação por bimetálico fica comprometida, pois à um atraso para a sua deformação completa. Este atraso traria danos excessivos causado pela duração do curto.
Deste modo, utiliza-se um circuito magnético para a detecção do curto, que se caracteriza pela súbita elevação do valor da corrente, já que a tensão num indutor é proporcional à variação de corrente.

A residual ou diferencial é baseada na diferença entre duas correntes. Por exemplo, se você tem um circuito monofásico fechado, e injeta 10A na fase, espera-se que volte os mesmos 10A pelo neutro. Qualquer corrente diferente disso nos traz a certeza de que há algo diferente do esperado.
Desta forma, as proteções residuais podem ser utilizadas para detectar fugas à terra.

4 Responses to “Diferença entre proteção termomagnética e residual”

  1. 1
    carol Says:

    SHOW………….ME AJUDOU MUITO!!!

    VALEU!

  2. 2
    Edézio Says:

    Muito bom Carlos. Poderia aprofundar no assunto da proteção diferencial?

  3. 3
    raphael Says:

    Exelente seu trabalho, mas tenho uma duvida, no final do post voce coloca isso “A residual ou diferencial é baseada na diferença entre duas correntes. Por exemplo, se você tem um circuito monofásico fechado, e injeta 10A na fase, espera-se que volte os mesmos 10A pelo neutro. Qualquer corrente diferente disso nos traz a certeza de que há algo diferente do esperado.
    Desta forma, as proteções residuais podem ser utilizadas para detectar fugas à terra.”
    Bom, ai vem a duavida, como faço com o neutro, neste caso? Tenho que retornar todos os neutros para a barra no quadro, desta forma não podendo fazer “emendas” e levar o neutro a outro cicuito(tipo, circ. 01 disj. 20a 2,5mm NEUTRO1+FASE2+TERRA2, o outro seria circ 02 disj. 25a 2,5mm NEUTRO1+FASE6+TERRA6, no caso aqui usaria o mesmo fio neutro e talvez o mesmo terra) ou isso é irrelevante?
    No caso de ser incorreto, de que forma devo proseguir?
    Desde ja agradeço…

  4. 4
    Carlos Matheus Says:

    Rafael, desculpa a demora. Ando muito ocupado.
    Sim, cada circuito deve ter o seu neutro. Mesmo porque, no dimensionamento, a seção do condutor neutro é de acordo com a fase daquele circuito. Se você utilizar um neutro geral para todos os circuitos, a corrente no total será muito maior, e o cabo não suportará.

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