Fator de potência

A potência ativa é aquela que realiza de fato o trabalho. Por exemplo, o calor gerado pelo resistor do chuveiro, o giro na ponta do eixo do motor, o som de uma caixa acústica.

Há também a potência reativa, que é aquela decorrente da interação do campo magnético e campo elétrico com a rede. Por exemplo, a passagem de corrente pelo indutor induz a criação de um campo magnético. Para esta criação, uma determinada energia foi usada. O capacitor, para se carregar, também precisa de energia. A diferença é que o indutor armazena energia em forma de campo magnético e, o capacitor, em forma de campo elétrico.

Já a potência aparente, é a soma vetorial da potência ativa e a potência reativa, de forma que ela é a hipotenusa de um triângulo retângulo.

Pode-se também comparar o triângulo acima com um copo de chopp. A potência ativa é o líquido (é de fato o que interessa), a potência reativa é a espuma (só ocupa espaço) e a potência aparente é todo o conteúdo do copo. Quanto menor a potência reativa (menor espuma), maior o espaço para a energia ativa (líquido), para o mesmo copo.

Deste modo, para um transformador, quanto menos energia reativa, melhor, pois mais espaço sobrará para a energia ativa, que é a que produz trabalho. Por isso que consumidores comerciais/industriais são cobrados quando o fator de potência de sua instalação está baixo: a energia reativa total de sua instalação está tomando o espaço que poderia ser utilizado pela potência ativa.

Em números, o fator de potência de um equipamento (ou instalação) é a razão entre a potência ativa e a potência aparente do mesmo (mesma). E, geralmente, o estabelecimento é multado quando este fator for menor que 0,92 (tanto indutivo, quanto capacitivo).